Em novembro o pedido de prisão domiciliar de Marra foi negado pela ministra Cármen Lúcia, do STF e Marra aguardou o julgamento na Penitenciária de Patrocínio.
O interrogatório do réu, Jorge Marra, acontece depois das testemunhas de acusação e defesa. Foto: POL
Da redação da Rede Hoje
O ex-secretário Municipal de Obras de Patrocínio, Jorge Marra, é julgado nesta quarta-feira (26) pelo assassinato do ex-vereador da cidade Cássio Remis dos Santos, ocorrido em setembro de 2020.
Jorge Marra é irmão do prefeito de Patrocínio, Deiró Marra (DEM), e matou a tiros Cássio Remis logo após ele fazer uma live onde denunciava suposta irregularidade em obras da Prefeitura. Em abril de 2021, o juiz da Vara Criminal de Patrocínio, Serlon Silva Santos, definiu que Marra iria a júri popular.
O Júri
O júri popular ocorre por homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima. Ele também responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. O julgamento é realizado no Fórum da Comarca de Patrocínio, a partir e começou as 8h.
No Brasil, o júri popular, também chamado de Tribunal do Júri, detém a competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, ou seja, aqueles que ocorrem com intenção de matar. O Tribunal do Júri é composto por um juiz presidente e 25 jurados, dos quais sete são sorteados para compor o "Conselho de Sentença.
Incia-se, após a escolha dos jurados, a instrução em plenário. É seguida a ordem legal: primeiro, testemunhas de acusação; segundo, testemunhas de defesa; e, por fim, interrogatório do réu, Jorge Marra. Os advogados de defesa e acusação se revesam no debates e finalmente os membros do corpo de jurados definem se Jorge Marra é culpado ou inocente.
Em novembro de 2021, o pedido de prisão domiciliar de Marra foi negado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde então, o ex-secretário aguardou o julgamento na Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, em Patrocínio.
Segundo o portal de notícias G1, “em nota enviada à TV Integração na noite de terça (25), a defesa de Jorge Marra afirmou que ‘confia no julgamento do povo de Patrocínio representado pelos jurados’.
Já os advogados que representam a família de Cássio, também em nota, declararam que estão “confiantes na condenação nos termos da denúncia’”.
Fonte: G1