A dupla Léo Alves e Dante é uma das melhores da história grená, desde a dupla dos anos 1990, Edson Shel e Zecão




Léo Alves (observado por Dante ao fundo): o zagueiro discreto e que realiza seu papel com maestria. Foto: Alair Constantino/O dono do Apito


Por Luiz Antônio Costa da Rede Hoje

A torcida grená está muito feliz com o Patrocinense. Recebo muitas mensagens de várias partes do país de patrocinenses que assistem as transmissões que fazemos (Zé Eloi, equipe de produção e eu) pelo streaming da Fsports.tv. A grande maioria encantada pelo futebol que vem apresentando o CAP no Brasileirão de 2023. Então, resolvi focalizar setores da equipe e destacar os jogadores que atuam no time.

Mas, devo começar reconhecendo que o técnico Rogério Henrique tem o olho clínico. Os anos e conquistas do CAP tem tudo a ver com a sua capacidade. Ao formar o time — qualquer time —, Rogério busca equilíbrio técnico e físico entre defesa, meio campo e ataque. Sempre que há necessidade de trocas, elas acontecem sem muito estresse para o time, porque o conjunto vale mais que o individual, como deve ser. Isso tem sido muito positivo na carreira profissional do treinador, que não tenho dúvidas, é o melhor que já atuou pelo CAP. Mas, isso é assunto para um outro artigo.

É bom dizer que a formação da dupla de zaga do Patrocinense entre Léo Alves e Dante dá uma tranquilidade a essa estrutura. Há sentimento de confiança total na dupla — que é protegida pelo grande capitão e volante Gabriel Galhardo, que também será tema de comentário aqui.

No jogo de ontem, os mais de mil torcedores presentes no Pedro Alves e milhares que nos assistiam pelo Brasil e exterior, gelaram quando o time perdeu um de seus mais firmes e seguros jogadores. Dante saiu no segundo tempo, logo após sentir a perna.

Hoje pela manhã, perguntei ao Thiago Pires, gerente de futebol, o que deu o exame. Thiago deu a boa notícia: “Não será necessário exame. O Dante segue treinando normalmente”. Que ótimo.

Os mais velhos lembram de o casal 20 do Fluminense, a dupla que chacoalhou o futebol brasileiro nos anos 80. Formado por Washington e Assis, a dupla levou o nome em alusão ao seriado norte-americano de mesmo nome. Eles eram atacantes. Aqui, hoje, temos uma dupla que se entende, mas na zaga.

O companheiro de zaga de Dante é Léo Alves. Não fala muito, está sempre na dele e dentro de campo é um gigante: faz o que deve ser feito. É um zagueiro firme. Dante é muito forte, especialmente no jogo aéreo, o Léo Alves se destaca no desarme e em sair jogando.



Nas bolas paradas do time grená, lá estão Léo Alves e Dante, provocando pavor na defesa adversária, ontem o segundo gol seguindo de Léo Alves no Campeonato. Foto: Alair Constantino / O Dono do Apito

E agora o zagueiro Léo Alves resolveu que também pode atacar. Nas bolas paradas do time grená, lá estão Léo Alves e Dante, provocando pavor na defesa adversária. Foi assim da quarta-feira (14) em Piracicaba contra o XV (quando fez o primeiro gol com a camisa grená) e ontem, domingo (18) quando fez o seu segundo segundo gol, que foi o da vitória da Águia contra a Ferroviária. Os dois lances foram idênticos, só que de lados diferentes. No gol contra o XV, escanteio da direita. No gol contra a Ferroviária, escanteio da esquerda. E ele sempre lá, pro jogar a bola pro fundo das redes.

Que a torcida possa ver esta mesma dupla no Campeonato Mineiro de 2024, sob o comando do competente Rogério Henrique. Para o bem e a felicidade geral da torcida Grená.