Prefeito de Patrocínio classificou a forma como está prevista a duplicação da BR 365 e as obras da BR 462 como “sacanagem”

Prefeito Deiró Marra, de Patrocínio- Foto: Gilber | Asscom PMP

Da redação da Rede Hoje

O prefeito de Patrocínio, Deiró Marra, criticou na tarde desta segunda-feira, 8, em entrevista coletiva, classificou a forma como está sendo levada a duplicação da BR 365 e as obras da MG 462 como “sacanagem” do governo, sem citar nominalmente Romeu Zema. “Infelizmente não são boas as notícias”, disse.

Deiró Marra convocou a imprensa para falar da posse dos que passaram no concurso publico, mas falou de outros assuntos provocado pelos jornalistas. Sobre a duplicação da BR 365, Patrocínio-Uberlândia e o recapeamento da MG 462, o prefeito classificou como “sacanagem” o que está acontecendo.

BR 462

Disse que o trabalho que está sendo executado na BR 462 já é por conta da concessionária que venceu a licitação. “É um serviço muito raso, muito fraco pela necessidade. Não tem previsão de fazer uma recuperação, isso hoje não existe” garantiu. “Eu não aguento mais de tanto buraco naquele troço lá, então tive que pegar algumas fotos aqui do site do Portílio e entreguei para eles. Mas não tem previsão de fazer uma recuperação” explicou.

BR 365

Deiró Marra não gostou da forma como está sendo tratada a duplicação da BR 365 de Uberlândia e Patrocínio. Denunciou que a duplicação vai chegar apenas até o trevo do Café (da BR 462 Patrocínio – Perdizes). “A rodovia será duplicada só a partir daquele trevo, não vem nem até a entrada da cidade, pasmem vocês da Imprensa. Nós estamos relegados a nada. Para nossa surpresa, tínhamos um compromisso do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato (pediu à gestão de Romeu Zema). A informação foi confirmada pelo governo de Minas de que a duplicação poderia começar pelo trevo da 365, no Posto Rota do Sol (entrada da cidade) para minha surpresa, fiquei sabendo que a duplicação ficara a 2 km da entrada da cidade”, disse Deiró Marra.

Palavrão

O prefeito de Patrocínio está indignado com a forma de tratamento que essa duplicação vem recebendo e até soltou um palavrão. “Uma sacanagem, o que o estado (Zema) fez com a gente é um absurdo. Pra mim é sacanagem”, desabafou

Reclamou também de ter praça de pedágio no município de Patrocínio e não ter no de Uberlândia. “E agora o que é pior: a praça de pedágio. Tem uma pouco depois do pontilhão do Quitute (região de Macaúbas). Para nossa surpresa, terá 26 km (duplicados) saindo lá daquele trevo de Uberlândia para cá. E de Patrocínio tem 10 km. Não tem praça de pedágio  dentro do município de Uberlândia. As praças de pedágios são aqui e pouco antes daquele trevo de Araguari. Nós vamos pagar para ter pouco mais de 9 km duplicados, bota presente de grego nisso”, comentou Deiró.

Solução

O prefeito de Patrocínio está encaminhando para a deputada Maria Clara Marra, da comissão de obras da Assembleia de Minas, todas essas reclamações. “Vamos ver o que a deputada vai conseguir. Nós falamos na sexta-feira com ela e já pedimos audiência pública da comissão dela, para que pelo menos estique até a duplicação a entrada da cidade, no trevo Rota do Sol que dá 2 km e pouco”, explicou.

O prefeito Deiró Marra espera que Pedro Bruno Barros de Souza, ex-superintendente na Diretoria de Infraestrutura, Concessões e Parcerias Público-Privadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), agora secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Governo Zema, resolva o problema.

A concessão

O grupo, formado pelas empresas Equipav e Perfin, será responsável pela operação, manutenção, ampliação da capacidade e melhoria do nível de serviço dos trechos do sistema rodoviário pelo prazo de 30 anos. O Governo de Minas assinou na manhã do dia 16 novembro de 2022, os contratos dos Lotes 1 (Triângulo Mineiro) e Lote 2 (Sul de Minas), do Programa de Concessões Rodoviárias, com o Consórcio Infraestrutura MG, vencedor das duas licitações. O grupo, formado pelas empresas Equipav e Perfin, será responsável pela operação, manutenção, ampliação da capacidade e melhoria do nível de serviço dos trechos do sistema rodoviário pelo prazo de 30 anos.

Esses lotes, em conjunto, demandarão investimentos estimados em R$ 5,5 bilhões ao longo do contrato, sendo mais de R$ 2 bilhões nos oito primeiros anos. Dessa forma, serão ampliados o conforto e segurança nas vias, com a inclusão de serviços para os usuários, como socorro mecânico, atendimento médico, combate a incêndios e apreensão de animais.

Maurício Rocha contava em reportagem no Patos Hoje, que o então secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, disse que "com as duas concessões, o Governo de Minas conseguiu resolver problemas históricos de rodovias federais que foram delegadas ao estado para que pudessem ser incluídas no programa de concessões e receber, assim, todas as melhorias necessárias. É o caso da BR-365 e BR-452, no Triângulo Mineiro, e da BR-459, no Sul de Minas”.

É, já começaram.