
Arlindo Cruz, ícone do samba e compositor de mais de 700 músicas, faleceu aos 66 anos – Foto: Silvio Tanaka/Wikimedia Commons.
O samba perdeu nesta sexta-feira (8) um de seus maiores nomes. Arlindo Cruz, músico, compositor e intérprete de mais de 700 obras, morreu aos 66 anos. Desde 2017, ele enfrentava complicações de saúde após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
Parte importante de sua história foi construída no tradicional bloco Cacique de Ramos, onde conviveu com mestres do gênero e consolidou parcerias que marcaram o samba. Em nota, o bloco afirmou que a trajetória de Arlindo “permanece inscrita na história do samba” e que sua contribuição foi “essencial” para a cultura brasileira.
Amigos e parceiros de longa data se manifestaram. Zeca Pagodinho declarou: “Morre hoje o meu compadre, meu parceiro e meu amigo Arlindo Cruz! Sofreu muito e agora merece descansar um pouco. Vá com Deus, meu compadre!”. Já Sombrinha, parceiro de inúmeros sucessos, disse: “Foi-se um dos maiores poetas do samba, um gênio da música brasileira. Vamos seguir cantando seus sambas… eternamente, Arlindão”.
A família de Beth Carvalho, por meio das redes sociais da cantora e de sua filha, Luana Carvalho, publicou: “Parte hoje a mão que deu forma ao coração do Brasil. Mas hoje silêncio, o sambista perfeito está dormindo”.
Representando a nova geração, Mumuzinho disse que perdeu “um pai na música” e destacou a ousadia de Arlindo em experimentar estilos e influências sem perder a essência do samba.
Sua relação com a escola de samba Império Serrano também foi profunda: ele compôs 12 sambas-enredo para a agremiação, que o homenageou em 2023 com um enredo dedicado à sua trajetória. “Arlindo Cruz é parte da alma do Império Serrano”, afirmou a escola em nota.
O Clube de Regatas do Flamengo, time de coração do artista, também se pronunciou, destacando que Arlindo sempre levou o nome do clube com orgulho e que seu legado “permanecerá vivo nas arquibancadas, nas rodas de samba e no coração da Nação Rubro-Negra”.
Fonte: Agência Brasil