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Parlamentares exigem anistia aos réus do 8 de janeiro e impeachment do ministro Alexandre de Moraes


Deputados usaram esparadrapos na boca durante sessão como forma de protesto — Foto: José Cruz/Agência Brasil
Da Redação da Rede Hoje

Brasília – Parlamentares da oposição permanecem ocupando os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ato, iniciado na noite de terça-feira (5), se estendeu pela madrugada e continua ao longo desta quarta-feira (6).

Entre as principais demandas dos manifestantes está a votação de um projeto que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 — quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes — e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do processo contra Bolsonaro. O ex-presidente é acusado de articular uma tentativa de invalidar o resultado das eleições presidenciais de 2022, pressionando os comandos militares.

Durante os protestos, deputados utilizaram esparadrapos para tapar a boca como gesto simbólico. Nas redes sociais, os parlamentares postaram vídeos e fotos da mobilização, inclusive durante a madrugada. Às 6h da manhã, um novo grupo chegou ao Congresso para dar sequência à obstrução, substituindo os que passaram a noite no local.

A movimentação levou os presidentes das duas Casas Legislativas a reagirem. Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) decidiram cancelar as sessões ordinárias e convocaram reuniões de líderes para tratar da situação.

Em publicação em rede social, Hugo Motta afirmou que o Parlamento “deve ser a ponte para o entendimento”. Já Alcolumbre classificou a ocupação como um ato "inusitado e alheio aos princípios democráticos", e pediu serenidade.

A expectativa é que o protesto da oposição prossiga durante o dia, com a possibilidade de novas manobras regimentais para manter a obstrução dos trabalhos legislativos.

Fonte: Agência Brasil