O estado registrou 1.124 procedimentos, comparado a 1.025 no mesmo período do ano passado. Este crescimento inclui transplantes de rim, coração, fígado e córnea.

Crédito: Sasin Tipchai | Pixabay

Da redação | Rede Hoje

De acordo com o Ministério da Saúde, em nota à imprensa nesta quinta-feira, 12/9, Minas Gerais tem experimentado um aumento significativo no número de transplantes realizados entre janeiro e junho deste ano. O estado registrou 1.124 procedimentos, comparado a 1.025 no mesmo período do ano passado. Este crescimento inclui transplantes de rim, coração, fígado e córnea. Em alinhamento com este avanço, o Ministério da Saúde lançou a campanha 'Setembro Verde', que visa sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos.

No âmbito nacional, o Sistema Único de Saúde (SUS) também observou um aumento, com 14.352 transplantes realizados no primeiro semestre de 2024, superando os 13.903 registrados no ano anterior.

Durante os primeiros seis meses de 2024, foram doados no Brasil 4.580 órgãos, além de 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas, totalizando um crescimento de 3,2% em relação a 2023. Quando se consideram apenas os transplantes de órgãos sólidos, o aumento foi de 4,2% neste semestre. Este avanço reflete a crescente adesão às práticas de doação e transplante no país.

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o maior programa público de sua espécie no mundo, é responsável pela regulamentação e monitoramento dos processos de doação e transplante no Brasil. Aproximadamente 88% do financiamento para esses procedimentos é coberto pelo SUS, que conta com 728 estabelecimentos habilitados para realizar transplantes em todos os estados.

Patrícia Freire, coordenadora-geral do SNT do Ministério da Saúde, destaca a complexidade do processo de doação e transplante e a necessidade de ações que considerem a diversidade da população brasileira. "Novos projetos estão em andamento para lidar com essa complexidade e garantir que o Brasil continue a se destacar no cenário mundial de transplantes nos próximos dois anos", afirma Freire.

Recentemente, foi instituído o Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Falência Intestinal, conforme a Portaria GM/MS Nº 5.051 de 13 de agosto de 2024. O programa visa organizar o cuidado integral e intersetorial para pacientes com falência intestinal dentro do SUS. Adicionalmente, a Portaria SAES/MS Nº 2.054 de 29 de agosto de 2024 prevê o financiamento do programa e inclui novos procedimentos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e na tabela de procedimentos do SUS.

Para facilitar a doação, o Ministério da Saúde firmou uma parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Cartório Notarial do Brasil. Desde abril, uma plataforma eletrônica permite a autorização de doação de órgãos e tecidos, registrada nos cartórios nacionais por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (AEDO). Os interessados podem se registrar no aplicativo ou no site www.aedo.org.br.

Em termos de investimento, em 2023, foram destinados mais de R$ 1,3 bilhão para o SUS em procedimentos de doação e transplantes, financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). Até junho deste ano, o Ministério da Saúde investiu R$ 718 milhões em atendimentos relacionados a transplantes, além de outros R$ 46 milhões para o funcionamento das centrais de transplantes e projetos de fortalecimento do SNT.