As doenças renais podem ser associadas com doenças cardiovasculares e precisam de acompanhamento constante; 52% dos pacientes com diabetes e hipertensão atendidos em um ambulatório apresentaram uma redução significativa em um indicador crítico da função renal

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A crescente prevalência da Doença Renal do Diabetes (DRD) e da Doença Renal Crônica (DRC) no Sudeste está em consonância com a tendência nacional de aumento das complicações renais entre pacientes com diabetes tipo 2 (DM2). Estudos e relatórios recentes destacam a urgência de medidas preventivas e tratamentos eficazes para controlar essa condição que pode reduzir drasticamente a expectativa de vida dos pacientes. 

Mais de 15 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, e a DRC pode afetar até 50% desses pacientes. Estima-se que 10% da população mundial, o equivalente a 850 milhões de pessoas, enfrenta alguma forma de DRC, segundo a Organização Internacional World Kidney Day¹. Condição séria que, caso não tratada, pode ser fatal. 

Em Minas Gerais, uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais² revelou dados alarmantes: 52% dos pacientes com diabetes e hipertensão atendidos em um ambulatório apresentaram uma redução significativa na taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), um indicador crítico da função renal e que mostra comprometimento nas funções renais. Esse cenário enfatiza a necessidade urgente de monitorar e tratar a função renal em pacientes com DM2 e hipertensão para evitar a progressão para estágios mais avançados da doença. 

Dentre as doenças renais, a DRD figura como uma das mais comuns. As complicações renais associadas a essa condição podem reduzir significativamente a expectativa de vida, chegando a até 16 anos. O diabetes não apenas compromete a função renal, mas também pode resultar em complicações cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) comumente chamado de derrame, insuficiência cardíaca, além de poder resultar na necessidade de hemodiálise e até mesmo transplante renal, impactando negativamente na qualidade de vida do paciente. 

Conexão entre rim e coração 

Os rins desempenham um papel crucial na filtragem de resíduos do sangue, regulação da pressão arterial e manutenção do equilíbrio de eletrólitos. O coração, por sua vez, bombeia sangue para os rins, fornecendo o fluxo necessário para essa filtragem. Pacientes com DRD têm um risco aumentado de desenvolver condições cardíacas graves, como insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana. A mortalidade cardiovascular aumenta em até seis vezes em pacientes com diabetes e doença renal. O diagnóstico tardio e a progressão da DRD podem causar duas vezes mais IAM, cinco vezes mais insuficiência cardíaca (IC), até seis vezes maior o risco de hospitalização por IC e três vezes mais mortes por causas cardiovasculares. 

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da Bayer, 83% dos brasileiros com diabetes temem complicações como amputação ou perda de visão mais do que problemas renais ou cardíacos, apesar da gravidade destes últimos. Cerca de 61% dos pacientes da região Sudeste sabem que podem desenvolver problemas renais devido ao diabetes, mas não tomam medidas preventivas adequadas. A DRC pode levar à diálise ou transplante de rim, com mais de 37 mil pessoas na fila de transplante segundo o Sistema Único de Saúde (SUS). 

A adoção de um estilo de vida saudável, como a prática de exercícios físicos e visitas constantes ao médico, é um caminho para a manutenção da qualidade de vida do paciente. Vale ressaltar a importância da realização de exames para prevenção e diagnóstico precoce da DRC, considerando que se trata de uma doença silenciosa que, por muitas vezes, não apresenta sintomas em estágios iniciais. 

A esperança de um tratamento eficaz 

A finerenona reduz a inflamação e a fibrose e diminui os níveis de albumina (uma proteína cuja presença na urina indica problemas renais) em pacientes com doença renal crônica e diabetes tipo 2. É importante lembrar que os rins são responsáveis por manter o equilíbrio do organismo, eliminando resíduos, mantendo os líquidos internos balanceados e controlando a pressão sanguínea. A doença renal crônica, decorrente do diabetes tipo 2, afeta os rins, tornando-os fibrosos e inflamados, reduzindo assim, sua função. 

O estudo FIDELITY mostra resultados robustos de eficácia e segurança de Firialta® (finerenona) em um amplo espectro de pacientes com DRC e DM2. Finerenona foi capaz de reduzir o risco de eventos cardiovasculares e progressão da doença renal nesse perfil de pacientes. A pesquisa contou com a participação de mais de 13 mil pacientes no mundo, incluindo o Brasil. 


REFERÊNCIAS:

¹ World Kidney Day 2024 – Kidney Health for All: Advancing equitable access to care and optimal medication practice. Disponível em: https://www.worldkidneyday.org/2024-campaign/. Acesso em: 31 jul. 2024.

² Jimenez, A. L. L., Felício, A. C. V., Mendonça, A. P. P., de Castro, A. L. E., Collares, A. O., & Alves, L. F. Evaluation Of The Prevalence Of Chronic Kidney Disease In Diabetic And/Or Hypertensive Patients Assisted At The Outpatient Of Faculty Of Medical Sciences Of Minas Gerais. Disponível em: https://revista.fcmmg.br/index.php/RICM/article/view/290. Acesso em: 31 jul. 2024.