A agricultura irrigada no Brasil tem ampla distribuição geográfica e abrange diversas regiões

Crédito: Brenda Bonebrake | Pixabay



Da redação da Rede Hoje

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) do Brasil, representado pelo secretário Nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, participou de um evento de alto nível promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A agricultura irrigada é crucial para a produção de alimentos no Brasil, contribuindo para a segurança alimentar nacional e global. O Brasil, com suas vastas terras agricultáveis e condições climáticas favoráveis, tem um grande potencial para expandir e melhorar suas práticas de irrigação.

Este encontro, parte do 10º Fórum Mundial da Água realizado em Bali, na Indonésia, discutiu a implementação de estratégias para a Agenda 2030, focando na agricultura irrigada como meio para melhorar a nutrição e aumentar a produção agrícola.

Fórum Mundial da Água

Durante o evento, Giuseppe Vieira, junto com Larissa Rêgo, diretora de Irrigação do MIDR, destacou as ações do ministério em colaboração com a FAO para promover a agricultura irrigada em países tropicais. Eles apresentaram tecnologias que podem melhorar significativamente a produtividade agrícola, multiplicando a produção de uma área cultivada por várias vezes.

Tecnologias de Irrigação

A agricultura irrigada no Brasil tem uma vasta distribuição geográfica, abrangendo as regiões Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Sul. Os estados de Mato Grosso, Goiás, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul são os principais polos de irrigação. A diversidade dos sistemas de irrigação, como pivô central, gotejamento e aspersão, permite a adaptação às condições climáticas, topográficas e hídricas de cada região, atendendo às necessidades específicas das culturas locais.

Impacto Econômico e Social

O MIDR reconheceu 12 polos de agricultura irrigada, abrangendo cerca de 1,4 milhão de hectares e gerando quatro milhões de empregos diretos e indiretos. Giuseppe Vieira enfatizou que a agricultura irrigada é crucial para a produção de alimentos no Brasil, contribuindo para a segurança alimentar nacional e global. O Brasil, com suas vastas terras agricultáveis e condições climáticas favoráveis, tem um grande potencial para expandir e melhorar suas práticas de irrigação.

Objetivos da Agenda 2030

A participação do Brasil no Fórum Mundial da Água está alinhada com os objetivos da Agenda 2030, que incluem a gestão sustentável da água e saneamento, acesso universal a água potável e segura, saneamento adequado e equitativo, e a eliminação da defecação a céu aberto. Também são metas melhorar a qualidade da água, reduzir a poluição e aumentar a eficiência no uso da água, além de enfrentar a escassez hídrica através de uma gestão integrada dos recursos hídricos.

Colaboração Latino-Americana

A delegação do MIDR, em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), participou do lançamento do Pavilhão Latino-Americano. Esta iniciativa visa fortalecer a cooperação regional em temas como mudanças climáticas, integração regional e redução da pobreza e desigualdades. Giuseppe Vieira mencionou a importância do Consenso de Brasília, o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e a gestão conjunta de recursos hídricos e desastres no âmbito do Mercosul como passos fundamentais para enfrentar os desafios comuns da região.

A participação do Brasil no 10º Fórum Mundial da Água destaca a importância da agricultura irrigada como uma ferramenta essencial para combater a pobreza e as desigualdades, garantindo segurança alimentar e promovendo o desenvolvimento sustentável. As iniciativas discutidas e apresentadas pelo MIDR demonstram o compromisso do Brasil com a gestão sustentável dos recursos hídricos e a colaboração regional para enfrentar os desafios globais.