Nossa Patrocínio é uma cidade cheia de musicalidade. ( Mas na bucha já vou dizendo - Com uma nota desafinada: Meio Ambiente)
Já falei sobre o Trem de Ferro, que passa dentro do coração da cidade. Seu apito em Si Bemol Maior, ouvi-se nos bairros ao longe “Miiiiiiiiilton.” Tento ser humilde, mas, gente, quem pode com um trem desse!
A música, a vida e a cidade são feitas de Melodia, Harmonia, Ritmo e Silêncio...
Na praça da matriz, um emblemático sino quase centenário, silenciou para que o novo e eloquente, sino da Igreja de Santa Luzia, pudesse hoje bimbalhar festivamente. O relógio da Matriz também parou… há uma orquestra de silêncio na Monsenhor Thiago…
Na praça Honorato Borges, a Scandalli do Sr. Sesostres, silenciou, entrou uma sinfonia de pardais no lugar…O silêncio ali, seria absoluto, por isto o chilrear nostálgico absurdo se fez música naquela praça…
A revoada de pombos que se aglomeram nas costas da igreja de Santa Luzia, já roubam a cena. Um (…) amigo meu, disse que “ pombos são ratos que voam” passei pela praça, ouvi a canção deles: “ corrupto, corrupto, corrupto” Olhei para a torre da igreja onde Pe. Eustáquio foi Capelão e pensei: Que bom , que pelo menos, por enquanto, eles podem cantar o que pensam…”
Tem o "Oscar do Som", passando com o hino do seu Palmeiras em alto e bom som. “ defesa que ninguém passa” Até nosostros, corintianos achamos que, contudo, é melhor do que a tal “nota de falecimento”.
Mas tem uma música que tem chamado muito a atenção de toda cidade: O sonzão das obras da prefeitura.
O ronco tonitruante das brutas, enchem as manhãs e tardes. Do bairro Morada Nova, na fileira da frente do espetáculo acompanho tudo.
Sob a regência do maestro Deiró, sob a batuta do Secretário de Obras, Wellington Rodrigo, Nosso “ Barão de Mauá Rangeliano” Com ele as obras saem do papel e entram na história. Como a música sai da partitura..


Se e a revitalização da Av do Catiguá é obra necessária? SIM, três milhões de vezes, SIM!
Ninguém me contou, ou me convenceu de sua importância. Por anos e anos, eu passei por lá e registrei os transtornos da avenida com minha Rolleiflex. Testemunhei muitos cenários apocalípticos, após tempestade. Passava muito mais água da chuva por cima do asfalto do que por baixo.



Quase ia dizendo que é um trabalho de excelência. MAS, TEM UMA NOTA FORA DO TOM, POR LÁ. E não precisa de ouvido absoluto para notar: Umarboricídio sem precedentes- e necessário- acontece no local da obra.
490 árvores estão sendo dizimadas com requintes de crueldade.
Pior: Com zero transparência.
Não tem um fi da mãe natureza, que zela pelo nosso patrimônio ambiental, para dizer sobre a compensação ambiental- se é que haverá. Não tem lei que obriga a prestação de contas dessa gente.



Que prazer mórbido meu povo tem de cortar árvores. Em todo canto é machado de mais e enxadão de menos. Até quando plantarão árvores debaixo de fiação elétrica; espécie que arrebentam passeios..
Quando estudava no Grupo Cel. João Cândido, fiz uma redação, pedindo que criassem um lei obrigando, "quem cortasse uma árvore, fosse plantada três em outro lugar".
Cresci, me vi, pensando do mesmo jeito. Sonhando o mesmo sonho.
Passei a ideia para o vereador Thiago Malagoli,( O vereador que mais pensa verdemente, no município ao lado do vereador Odirlei Magalhães) Malagoli, fez um projeto, porreta. Mire e veja isto: “ SE CORTAR UMA ÁRVORE NO PERÍMETRO URBANO DE PATROCÍNIO, DEVE-SE PLANTAR 10 EM OUTRO LOCAL”
O que aconteceu com a lei? Isto mesmo. Ela não passou no plenário. Ou, seja 4.900, deixarão de serem plantadas.
Na semana que se comemora a “SEMANA DO MEIO AMBIENTE” exalto a musicalidade reinante em nossa cidade. Melodia, harmonia, ritmo e silêncio, que torna uma ambiência agradável.
Mas clamo por atenção para uma nota toda desafinada. Seria uma linda sinfonia, mas tem algo fora do tom. Desafinando tudo.
Gostaria de comemorar uma nova Avenida com uma nova floresta. Falta clara de sensibilidade musical- digo- ambiental.
São como notas musicais: Desenvolvimento Social, Econômico, Cultural e Ambiental. Tanto quanto: Melodia, Harmonia, Ritmo e Silêncio. Não deve destonar.
Passei por lá, vi lágrimas( resignadas resinas) minando nos tocos de flamboyants abatidos… Só pude dedicar a eles o meu reverente minuto de silêncio…



No peito dos desafinados
Também bate um coração”
Será, João Gilberto?

Jornais. Patrocínio os teve desempenhando importante função pública ao longo dos anos. Desde o primeiro jornal a circular até hoje, são quase 125 anos participando da vida da cidade. Destacar todos os principais jornais faz parte da história patrocinense.

PRIMEIRO JORNAL – Em 1900, com a redação de Leovigildo de Paula e Souza, Josias Batista Leite e Virgílio Ferreira Mendes foi editado o primeiro veículo de comunicação do grande Município com o nome de “O Patrocínio”, uma empresa por cotas. Virgílio era político ligado ao Partido Republicano Mineiro, do distrito de Abadia dos Dourados (1898). Leovigildo era poeta, vereador e jornalista. Josias tinha ligações com Araguari, onde fundou a Sociedade São Vicente de Paula – SSVP.

O SEGUNDO E HISTÓRICO JORNAL – A partir de 1909, começou a circular o “Cidade do Patrocínio”. O diretor-proprietário era Honorato Martins Borges, grande fazendeiro e maior líder político do Município, que englobava, naquela época, também Coromandel, Abadia dos Dourados, Cruzeiro da Fortaleza e Serra do Salitre. O redator-chefe era o inteligente e folclórico Padre Nicolau Catalan. Segundo Sebastião Elói, o padre era “namorador”, envolvido por curiosas histórias. Nessa ocasião, existiam duas facções políticas: Mugangos e Catimbaus. Honorato Borges era a maior referência de um deles. O grande jornal semanal existiu até o final de 1929. Em sua fase nos anos 20, o redator-chefe era Carlos Pieruccetti, de enorme intelecto e exímio tribuno (Carlos é pai da professora Lirinha Capuano e avô de Luiz Carlos Capuano). Nessa década, o “Cidade de Patrocínio” (passou para “de”), era o órgão oficial da Câmara Municipal.

TERIA VOLTADO A CIRCULAR? – Em 1917, já no seu número 24, circulava “O Patrocínio”, agora tendo Gonçalves Barbosa, como o diretor-proprietário. Mas, encerrou as suas atividades em dezembro daquele ano (1917). O nome é o mesmo do primeiro jornal patrocinense. Mas, há dúvida se seria o mesmo de 1900.

ADVERSÁRIO DO “CIDADE DE PATROCÍNIO– Em 1918, ano da inauguração da ferrovia, circulou “O Patrocinense”, cujo redator-chefe era Américo Machado. Era um novo olhar e versão sobre a cidade.

O OUTRO CONCORRENTE – Em 1929, outro “órgão independente” denominado “A Notícia” fazia o contraponto do jornal de Honorato Borges. Na edição de 06/2/1930, apresentava extensos elogios ao presidente da Câmara e Agente Executivo (prefeito), ocupante dos dois cargos ao mesmo tempo, João Alves do Nascimento. Os diretores de “A Notícia” eram Elmiro Alves do Nascimento e Mário de Castro Magalhães. Assim, os Mugangos e Catimbaus, os dois jornais “Cidade de Patrocínio” e a “A Notícia”, tornaram-se as ações embrionárias da UDN e PSD (criados em 1945). Honorato Borges e descendentes, participaram da UDN. Alves do Nascimento, junto com as famílias Amaral e Queiroz, formaram o PSD.

JORNAL MUDA DE PATOS PARA PATROCÍNIO – “O Commércio” foi criado em Patos de Minas, em 1910. O redator e proprietário era Alfredo Borges. O semanário intitulava comercial, literário e noticioso. Mas, já em agosto de 1934 (na sua edição número 523) era editado e feito em Patrocínio, na praça Honorato Borges. Mesmo proprietário (Alfredo Borges), mesma linha literária, notícias de Patos, Santana de Patos e Patrocínio. Uma das razões dessa transferência de sede foram a presença regional do Ginásio Dom Lustosa, Padres holandeses e Escola Normal N. S. do Patrocínio. Eram os melhores educandários do Alto Paranaíba, à época. Atraia estudantes para Patrocínio de toda região.

AINDA COMEÇO DOS ANOS 30... – Em 1931, existiu em Patrocínio o jornal “O Tempo”, ligado à Igreja Católica, de quatro páginas (comum na ocasião). Os diretores eram os professores Alceu de Amorim e Fortunato Pinto Júnior. O poeta maior Massilon Machado fazia sucesso com as suas poesias nas páginas do semanário. Não durou muito esse periódico.

A CHEGADA DA GLÓRIA... – Em 2 de outubro de 1938, de Sebastião Elói, com redação e oficinas à Rua 15 de Novembro (hoje, Rua Gov. Valadares), entrava na vida de Patrocínio a “Gazeta de Patrocínio”. Em sua primeira edição, prof. Júlio Barbosa escreveu bela crônica. Tião Elói e Júlio Barbosa pertenceram à Academia Patrocinense de Letras (1982). Em plena circulação, moderna, a Gazeta completa 85 anos nesse ano de 2023. Raridade no Brasil.

E A VIDA SEGUIU... – Em 1949, a emblemática “Rádio Difusora”; em 1965, o “Jornal do Comércio” (durou dois anos) e em 1973, o glorioso “Jornal de Patrocínio”, com Joaquim Machado e Paulo Silva (Uberaba). Portanto, nesse ano, completou 50 anos de boa comunicação, a serviço do Município. Depois vieram, “Revista Presença” (editada nos anos 80 e 90), “Jornal Presença”, “Tribuna Patrocinense”, “Correio Regional”, “Alto Paranaíba” e outros de menor repercussão. Hoje, a informação é puramente digital. Apenas o JP e a Gazeta de Patrocínio conservam a gostosa tradição. Embora, sejam digitais (internet) também.
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Ainda bem que os nossos gostos e preferências não são os mesmos. Imagina se todos gostassem somente de azul, não haveria atleticanos nestas gerais, (brincadeiriiiinha rsrsr) . Gosto musical então cada um tem o seu. Posso não gostar de um gênero de música que você adora. Há músicas de todos os gêneros, ritmos e culturas que permite que cada um de nós adote um tipo . Os ritmos das músicas podem ser divididas em : pop, rock, eletro, funk, axé, caipira, sertanejo, moda de viola, forró, MPB, bossa nova, gospel, piseiro, sofrência, feminejo, agronejo, hip-roça, entre outros. Deus me livre e guarde de algumas ai (brincadeiriiiinha rsrsr)
Errado, mesmo é você meter um alto som auto motivo da pesada em seu carro e ir para Praça Honorato Borges, impor seu gosto musical.
Alguém já ouviu alguém meter um Tom Jobim, dar um volta no quarteirão (brincadeiriiiinha rsrsr) Pense> O vizinho do lado pode não gostar que você puxe o bigode desse...desse " bate estaca" Pra isto, inventaram o fone de ouvido (brincadeiriiiinha rsrsr) É a velha questão de respeitar os limites, os espaços e os ouvidos do outro, para vivermos numa sociedade de pessoas inteligentes e civilizada.
Li, hoje, no tablóide eletrônico rangeliano, Maisum Online do Zéloi, que, segundo o tablóide inglês 'The Sun', essas seriam as 10 músicas mais tocadas da história do mundo...
01. We Will Rock You - Queen
02. Like a Prayer - Madonna
03. Thriller - Michael Jackson
04. Satisfaction - Rolling Stones
05. Hey Jude – Beatles ( ...)
10. Crazy - Aerosmith.
Tudo beautful de lindo, mas, play list lá da terra do Rei que, segundo dizem, tem"Mãos de Salsicha" . "O 'Brazil' não conhece o Brasil', como dizia nossa "Pimentinha" em "Querelas do Brasil" de Maurício Tapajós e Aldir Blanc.
Nunca ouviram “Caneta Azul do Manuel Gomes” ( ops, brincadeiriiiinha rsrsr).
Zeca Camargo, ex-Fantástico, também disse não concordar com uma lista de músicas que alguém fez e tomou coragem e fez em seu blog a sua própria lista das 100 músicas de sua preferência. Li a lista do Zé e do Zeca, também não gostei de todas as músicas.
Então, tomei coragem e fiz a minha relação das 99 canções que aprecio. A 100ª e voce que vai acrescentar ( Posteriormente, farei minha lista de 100 músicas sertanejas- sertanejas mesmo) Antes gostaria de dizer que foi uma das melhores experiências mais lúdicas que tive.
Uma delícia lembrar de canções ( muitas dos anos 80) que pensei que havia esquecido. ( Como foi maravilhoso ter vivido esta década) A música tem um poder, uma magia, um sei lá o que nos toca e pega a gente pela alma. Acorda uma cascata de novas percepções.
Voltemos ao Zé e ao Zeca: “Você concorda com a escolha ou tem opinião diferente?” Perguntou o moço do“Podcast Papo Zen”, com a tal lista britânica. " Faça voce a sua lista musical", desafiou o moço que nasceu ali na terra do Zebu.
Se algum dia perder a audição, ainda assim, estarei feliz. Eu pude ouvir isto aqui.
Estou curioso para saber a 100ª que voce vai acrescentar nos comentários:
1ª – Corcovado - João Gilberto
2ª – Águas de Março – Tom Jobim
3ª – Maria Ninguém - Rita Lee
4ª – Construção- Chico Buarque
5ª - Sá Marina - Wilson Simonal
6ª - Estrada do Sol - Nara Leão
7ª - O Bonde- Maria Leite
8ª - Viola enluarada - Marcos Valle
9ª – Amor nas Estrelas - Nara Leão
10ª - Eu Preciso Aprender a só ser - Gil
11ª - Eu e a Brisa - Johnny Alf
12ª - Sangrando - Gonzaguinha
13ª - A Iha - Djavan
14ª - Cordilheiras - Simone
15ª - Foi um Rio que Passou...- Paulinho da Viola
16ª - Novo Tempo - Ivan Lins
17- Estácio Holly Estácio - Luiz Melodia
18ª - Disparada - Jair Rodrigues
19ª - Travessia - Milton Nascimento
20ª - Amor de Índio - Beto Guedes
21ª – Como uma onda - Lulu Santos
22ª – Casa no Campo – Elis Regina
23ª – Olha - Roberto Carlos e Erasmo Carlos
24ª - Começar de novo - Ivan Lins e Victor Martins
25ª - Toada - Boca Livre
26ª - Olhos nos olhos - Chico Buarque
27ª - Sonho de Ícaro - Biafra
28ª - Muito Estranho - Dalton
29ª - Mestre Salas dos Mares - João Bosco
30ª - W/ Brasil ( Chama o Síndico ) - Jorge Bem Jor
31ª - Sapato Velho - Roupa Nova
32ª - Moça - Wando
33ª – Onde Está a Honestidade - Noel Rosa
34ª – Trocando em Miúdos – Simone
35ª – Eu Quero você - Kid Abelha
36ª - Trenzinho Caipira - Edu Lobo
37ª – Palco – Gilberto Gil
38ª – Que Pais é Esse – Renato Russo
39ª – Papel Maché - João Bosco
40ª – Epitáfio - Titãs
41ª – Bem - ti – vi - Paulinho Pedra Azul
42ª – Partida de Futebol - Skank
43ª – Sal da terra - Beto Guedes
44ª – Telegrama - Zeca Baleiro
45ª – Comida - Titãs
46ª – Óculos - Paralamas do Sucesso
47ª – A Lua e Eu - Cassiano
48ª - Catedral - Zélia Duncan
49ª - Fico Assim Sem Você – Adriana Calcanhoto
50ª - Chega de Saudade - Tom Jobim
51ª - Enquanto Houver Sol - Titãs
52ª - Quando a Gente Ama - Oswaldo Montenegro
53ª - Pro Dia Nascer Feliz - Cazuza
54ª – As Coisas - Arnaldo Antunes
55ª - Amor pra recomeçar - Frejat
56ª – Menina - Guilherme Scardini
57ª - Monalisa - Jorge Vercilo
58ª - Último Romance - Los Hermanos
59ª - Baila Comigo – Rita Lee
60ª - Asa Morena – Zizi Possi
61ª - Quem Sabe Isto quer Dizer Amor - Milton Nascimento
62ª – Certas Canções - Milton Nascimento
63ª – Paciência - Lenine
64ª - Medo de Avião - Belchior
65ª - Nós Dois - Tadeu Franco
66ª – Velha Infância - Tribalista
67ª - Não Quero Dinheiro - Tim Maia
68ª – É o que me interessa - Lenine
69ª - Rua Ramalhete - Tavito
70ª - Sonho de Flauta – Teatro Mágico
71ª - All Star - Nando Reis
72ª - Meu Amor se Mudou pra Lua - Paula Toller
73ª - Rosa de Hiroxima - Secos & Molhados
74ª - Quando o Amor Acontece – João Bosco
75ª - Tudo Vai Ficar Bem - Pato Fu
76ª - Grão - Gilberto Gil
77ª - Naquela Estação - Adriana Calcanhotto
78ª - Canto em Qualquer Canto - Ná Ozzetti
79ª - A Namorada - Francis Hime
80ª - Arrastão - Elis
81ª - Na Rua , Na Chuva, Na Fazenda - Hyldon
82ª - Encontros e Despedidas - Maria Rita
83ª - Alma Nua - Vander Lee
84ª - Sampa - Caetano Veloso
85ª - Nuvem Passageira - Hermes de Aquino
86ª - Cartão Postal- Apanhador Só
87ª - Velha Infância - Tribalistas
88ª - Dor Elegante - Itamar Assumpção
89ª - Nem um Dia - Djavan
90ª - Linda Juventude - 14 Bis
91ª - Riacho do Navio - Luiz Gonzaga
92ª - Eu sou Apenas Um Rapaz... - Belchior
93ª - Amar é... - Roupa Nova
94ª - Canção do Amanhecer - Edu Lobo
95ª - Aquarela do Brasil - Gal Costa
96ª - Só Louco - Nana Caymmi
97ª - Quem de Nós Dois - Ana Carolina
98ª - Mar Interior- Rubi
99ª - A Lista - Oswaldo Montenegro
100ª - .................
Até agora:
- Isabel Magalhães: 100ª - Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones- Engenheiros do Hawaii
- Nilson Caixeta: Monte Castelo - Legião Urbana…juntar S Paulo com Camões, foi genial!
- Angela Arvelos: O bêbado é o equilibrista/ Elis Regina
- Jane Vieira Carneiro: Veleiro de Jessé ou O Corsário de João Bôsco


Por Ivan Batista da Silva

Em todos os povos, primitivos e atuais, existem a visão messiânica e os mitos. Os mitos vivem na memória coletiva, se fundam na tradição e preexistem no subconsciente coletivo. Dela, a memória coletiva, se extraem, também, a visão messiânica atribuída, por motivos diversos, a determinada pessoa. 

O messianismo se fundamenta em dois aspectos: em primeiro lugar, na crença do retorno de uma pessoa dotada de poderes especiais que trará paz, prosperidade a um povo. Num segundo aspecto, refere-se a movimentos ou atitudes em torno de uma pessoa profética capaz de cumprir tarefas superiores, capazes de vencer situações existentes, de se sobrepor à realidade e construir um mundo onde haverá harmonia, paz e bem estar. Tem o poder de arrastar multidões, seguidores, muitas vezes, fanáticos. Por isto se transforma em mito

O mito do retorno mais conhecido é o chamado sebastianismo. Com sua esquadra de 500 navios e quase 23 mil homens, Dom Sebastião, rei de Portugal, foi derrotado e morto na batalha de Alcacer Kibir, no Marrocos em 1578. O reino português passou para o domínio dos espanhóis. Por muito e muito tempo, criou-se em Portugal o mito de que D.Sebastião, por não ter sido encontrado seu corpo, estaria vivo e voltaria para conquistar a independência de Portugal, libertá-lo do jugo da Espanha.

Na história brasileira, o messianismo mais conhecido é a história de Antônio Conselheiro que, arrastou uma multidão. Reunindo ex-escravos e um povo famélico, prometia a derrota dos fazendeiros e uma vida nova de prosperidade, onde todos tinham as coisas em comum. Construiu igrejas, ajudou os necessitados. Chegou a reunir seus seguidores em Canudos e foi derrotado na quarta expedição militar da guerra de Canudos.

Messiânica também foi a coluna Prestes , percorrendo 25 mil quilômetros do sul ao nordeste do país, sem arrastar multidões, mas com a visão utópica de combater a situação vigente, o status quo e assumir nova forma política. Carlos Prestes recebeu de Jorge Amado a alcunha de “O Cavaleiro da Esperança”. Na vida de padre Cícero, o messianismo se torna mais claro porque associado à religiosidade. Todos esperavam de padre Cícero suas curas, uma vida melhor.

Messianismo e mitos existem em todas as culturas, subsistem no subconsciente coletivo. A visão messiânica se abstém da realidade, deforma o cotidiano e cria uma confiança cega em alguma pessoa , a visão do herói, capaz de transformar a vida das pessoas.

Aqui cabe a análise de Jair Bolsonaro. Cabe-nos perguntar: por que uma grande parte da população o chamam de Mito? O que ele tem de especial? Não se trata de mero apelido, ou de opção política. Para seus seguidores, ele não é uma pessoa comum. Trata-se de uma crença coletiva de que ele é capaz de conduzir o povo, eliminando os inimigos(um deles, o comunismo) O mito sai do cotidiano, do corriqueiro para assumir a condição de herói, capaz de se situar em uma condição supernatural. Não importa a seus seguidores se Jair é inteligente ou não, se é bom político ou não, se é coerente ou não. Importa que ele e só ele é capaz de apontar caminhos para uma vida nova, para construir um Brasil novo. Não apenas para uma pessoa, mas para um grupo, portanto para a coletividade. Independente da classe social, se pobre ou pessoas abonadas, quem o segue não vê os tropeços políticos, não vê as incongruências do homem cotidiano. Vê somente uma pessoa conhecedora da forma de criar uma vida nova, a quem se dedica uma confiança absoluta na busca de um mundo perfeito, superpondo-se à realidade cotidiana com obsessão, e até fanatismo

Mas o tempo mítico só se estabelece depois que se destrói o tempo atual, as situações atuais que impedem a criação de um mundo novo. Abstendo-se das situações e conotação políticas, o oito de janeiro, não seria, para os que têm em Jair um mito,(manipulados ou não),uma forma de destruir o velho para estabelecer no novo? Na visão deles, o STF e o Congresso são instituições arcaica, incapazes de apresentar soluções, de indicar caminhos e , por isto, tornou-se necessário destruí-las. Qual o conhecimento ou a concepção política do homem que no STF atira o relógio ao chão? Nenhuma. Não será ele uma manifestação do subconsciente mítico coletivo de destruição do velho para construir o novo? Na visão mítica, trata-se de abolir o tempo decorrido, de “voltar atrás” e recomeçar a vida com as virtualidades intactas. O messianismo e mito são arquétipos coletivos que retornam sempre em situações em que se põe à prova a vida humana, explodem em uma ardorosa fixação por alguma coisa que se sobrepõe ao cotidiano.

O messiânico Jair Messias encarna de tal forma o ideal de uma grande parte da sociedade que qualquer mudança de sua conduta( a perda do poder) gera uma verdadeira crise(8 de janeiro). Supera-se a crise, devolvendo-lhe a conduta do povo, permitindo-lhe(através do poder político) traçar novos caminhos. Não o conseguindo no 8 de janeiro, alimentarão a ideia do retorno(como D. Sebastião), até as próximas eleições. O interessante é que esta visão mítica não está apenas em uma classe social. Da elite brasileira à camadas populares a visão sobre Jair Messias está impregnada do herói que ele soube construir tão bem. Com um marketing bem dirigido, através do cercadinho, das motociatas criaram a ideia do homem , do herói político que se aproxima do povo o qual se deixa conduzir abstraindo-se do cotidiano para exaltar o mito, o messianismo. O mito não morre, renasce por si mesmo, renasce de uma facada.

O mito escapa do domínio da ciência, da racionalidade. Pessoas de ótimo nível intelectual acreditam piamente que as eleições foram fraudadas, negam a vacina porque seu herói também assim o faz. Há uma confiança cega e tudo que provém do pensamento e atitudes do mito torna-se pura verdade. É na realidade a expressão de uma pulsão proveniente das profundezas do psiquismo coletivo. Este, o psiquismo, alimenta um conjunto de sonhos, ilusões, de esperanças que na primeira oportunidade assume caráter real. Quando surge uma personagem revestido de poder estes sonhos e esperanças explodem, se solidificam na coletividade e alimentam as crenças e visões das pessoas dispostas a seguir em tudo o que o mito lhes propõe. Tornam-se obsessivas, fanáticas e tudo se manifesta acima do racional. Tenho certeza de que grande parte das pessoas acampadas em Brasília, não souberam dizer o porquê estar ali. Não estavam ali para baderna; estavam, sim, para expressar, até de forma inconsciente, que apoiam seu líder, ou porque, na sua concepção, seu líder queria que ali estivessem.

Não se pode ver esta obsessão em torno de Jair Messias apenas dentro do espectro político, partidário ou não. Claro que esta ideologia existe, há o marketing, o interesse pelo cargo. Isto não se discute. Mas não é sob este aspecto, ou unicamente sob este aspecto que a população vê o ex-presidente. Grande parte da população que participa das manifestações das passeatas, não o faz por bandeira partidária, faz para seguir ou reverenciar seu líder.

Afinal, ele é Jair Messias, o messiânico, o mito.


Mohamed Hassan | Pixabay



Mudança. Com o passar do tempo, as relações sociais se alteram, tais como o número de casamentos estabiliza, mesmo tendo aumento da população. De outro lado, o número de divórcios aumenta consideravelmente. O nascimento de filhos também se encontra estabilizado. Isso é um dos fatores de que a população não cresce como antigamente. A notícia negativa é que o número de óbitos aumenta. Inclusive a taxa de mortalidade infantil, que já teve valores menores no passado recente.

QUASE 500 CASAMENTOS – De 2004 até 2021, observando ano a ano, nos casamentos realizados em Patrocínio, destaca-se o ano de 2017, que bateu o recorde: 617 matrimônios. No ano da pandemia, 2020, caiu para 393. Os demais anos, o número anual aproxima de 500 casamentos por ano. Ou em torno de 5.000 uniões com registro, de 2011 a 2021.

DIVÓRCIO EM CRESCIMENTO – O judicial que não passava de 80 por ano, desde 2004 (chegou somente a 30 divórcios em 2013), registrou-se na 1ª Instância, em plena pandemia (ano 2020), 154 divórcios. No ano seguinte (2021) saltou para 190 separações. Além do divórcio judicial, há o extrajudicial feito no cartório Tabelionato de Notas. Embora o número do extrajudicial seja abaixo de 50 por ano (em 2021, foram 25 divórcios), essa modalidade de divórcio soma-se com a judicial. Ou seja, na atualidade, ocorrem em torno de 250 divórcios, no total. Em poucas palavras, quase metade dos casamentos dá divórcio. Pelo menos, os números indicam isso. A aritmética demonstra essa comparação.

FALECIMENTOS AUMENTAM – Nos últimos dez anos, o número de óbitos, por ano, em Patrocínio girou em torno de 500 pessoas falecidas. Por exemplo, em 2011, foram 483 pessoas. E em 2019, 543 pessoas. Mas, veio a pandemia, e esse número subiu demais. Em 2020, 626 pessoas. Ou seja, cerca de 100 pessoas a mais. Em 2021, nem é bom dizer: 762 pessoas vieram a óbito. Ou seja, quase 300 pessoas a mais do que a média anual conhecida. Mesmo assim, as mortes em Patrocínio encontram-se em patamar normal (43º lugar em MG). Em Uberlândia, por exemplo, morrem 6.500 pessoas por ano. Em Patos de Minas, mais do dobro de Patrocínio, ou seja, mais de 1.400 pessoas morrem por ano, em média.

NASCE MUITO PATROCINENSE – Crianças nascidas vivas registradas no Município totalizaram, em 2021, quase 1.200. Exatamente, 1.176 crianças. Isso manteve a média anual de nascimentos em PTC, desde 2004. E posicionou Patrocínio no 36º lugar no Estado.

MORTALIDADE INFANTIL – A taxa de mortalidade infantil de Patrocínio está regular. Essa taxa é um dos melhores indicadores da área de saúde em um determinado lugar. Ela é de 10,29. Em outras palavras, morrem 10 crianças dentro 1.000 nascidas vivas. Em 2020, houve 13 óbitos de crianças abaixo de um ano de idade. Em 2011, só 4 óbitos. Porém, em 2008, houve 17 óbitos infantis no Município.

EM PTC MORRE MAIS HOMEM DO QUE MULHER – No ano de 2020, faleceram mais 100 homens do que mulheres. Em números, 360 homens partiram para a nova vida (celestial) e 268 mulheres também. Em ambos os sexos, mais da metade dos óbitos foram de pessoas acima de 60 anos de idade.

DOENÇAS QUE MAIS MATAM – Coração e câncer lideram as causas de mortes. Em 2020, as doenças do aparelho circulatório foram os motivos para que 130 pessoas falecessem em Patrocínio (infarto, hipertensão, AVC, etc.). Já neoplasmas (tumores) foram causas para 115 pessoas. É relevante também as doenças do aparelho respiratório (pneumonia, gripe, asma e outras) que causaram 81 mortes em 2020.

UMA SAGRADA RAZÃO PARA O HOSPITAL DO CÂNCER – Ano a ano, os óbitos por câncer têm aumentado em Patrocínio. Isso desde 2006. Por exemplo, em 2006, 59 pessoas morreram pelo câncer. Em 2020, 115 pessoas. Enquanto que os óbitos do sistema circulatório tiveram pequena queda. Nesse período, caiu de 151 mortes para 130.

POR FIM – Hospital do Câncer é dádiva. É bom mais melhorias na saúde. Casamento perene é ameaçado pela separação. E segue a vida.

FONTE – IBGE, que brevemente divulgará o Censo 2022.

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