Waldete Caldeira Nunes, aos 102 anos | Foto: acervo da família

Faleceu em Belo Horizonte a patrocinense Waldete Caldeira Nunes, aos 102 anos, nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2024.
Nascida em Patrocínio, no dia 23 de junho de 1922, Dona Waldete era viúva de Aristóteles Afonso Nunes, nascido em 16 de maio de 1919 e falecido há 16 anos, em 7 de agosto de 2008. Aristóteles foi ex-gerente do antigo Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) em Patrocínio.
O casal, junto com os filhos José Eustáquio Caldeira Nunes (Taquinho), Maria Inês Caldeira Nunes, Márcia Lucia Nunes Cintra e Maria Mercedes (filha adotiva), mudou-se para Belo Horizonte em 1970, quando Aristóteles foi transferido pelo Bemge.
Simpáticos e hospitaleiros, o casal recebia os conterrâneos de Patrocínio com grande cordialidade — adjetivos que transferiram aos filhos.
Dona Waldete, sempre alegre e receptiva, era conhecida por seu sorriso largo, a voz rouca e sua disposição de curtir a criançada, que a adorava.
Seu Aristóteles, já aposentado, sentia orgulho em tocar seu órgão, posicionado à esquerda da entrada do apartamento na Rua Rodrigues Caldas, próximo à Assembleia Legislativa, e tinha uma paixão especial por Billy Vaughn.

Dona Waldete, sempre atenciosa, oferecia delícias que faziam com que ninguém se esquecesse do interior de Minas Gerais. Tenho uma profunda gratidão por ela, que recebeu meus filhos em sua casa com carinho. André Luiz ficou em Belo Horizonte por alguns dias para usar o holter e investigar um possível "sopro" no coração. Alexandre Costa, enquanto fazia testes no Cruzeiro, foi tratado como um filho, e ela adorava seu jeito engraçado, sempre rindo das histórias que ele e o neto dela Alfredo, aprontavam. Patrícia, por sua vez, estudava Direito em Ouro Preto e tinha a casa de Dona Waldete como base, sendo sempre acolhida com um sorriso largo e simpático.
Dona Waldete era canceriana, o que talvez explique seu amor pelas crianças e pela família.

Ela viveu a vida plenamente, sendo adorada pelos filhos, oito netos, dez bisnetos e um tataraneto.
Católica fervorosa, Dona Waldete teve sua fé registrada na "Primeira Coluna" de Eustáquio Amaral, publicada em 3 de setembro de 2023 na Rede Hoje. A coluna, intitulada "MULHER VOLTA A ANDAR", relatava um episódio de novembro de 1941, na Praça da Matriz, onde a aluna da Escola Normal, Waldete Caldeira Nunes, testemunhou um milagre realizado pelo Padre Eustáquio.

Enfim, Waldete Caldeira Nunes, ou Dona Waldete, como era carinhosamente chamada pelos amigos, deixa uma lacuna irreparável e nós, também da familia 
Costa sentimos muito seu passamento. Seu sepultamento ocorrerá hoje na capital mineira. Às famílias Caldeira e Nunes, nossos sentimentos de pesar e saudades.